Eduardo Paz Ferreira e a sua sociedade decente

Eduardo Lourenço falava baixinho sobre a Europa e o caos. Ou a crise da Europa. Na sala cheia para assistir ao lançamento do livro de Eduardo Paz Ferreira, Por uma Sociedade Decente, entrava um doce som de grupo coral. Depois, apercebi-me que era um coral juvenil no andar de baixo da reitoria da Universidade de Lisboa.

Antes de Lourenço tinham falado Ricardo Paes Mamede e José Tolentino de Mendonça, aquele sobre a obra quase enciclopédica e atual, este sobre Thomas More e a Utopia e Jonathan Swift e As Viagens de Gulliver (a distopia). Antes ainda o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, e o jornalista Nicolau Santos leram poemas.

Creio que Eduardo Paz Ferreira responde à minha questão de ontem (o venezuelano que montou o seu micro-negócio na escada do metropolitano e quer regressar ao seu país mas não tem dinheiro). Escreve ele, mesmo no final da obra, que é tempo de retomar iniciativas para transformarem a sociedade e atribuir centralidade à felicidade coletiva e acabar com a humilhação de pessoas e grupos sociais, lançados às margens da sociedade. Começar de novo e com outros valores, escreve ainda.

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